A crise econômica dos EUA acabou de fazer mais uma vítima. Depois de várias instituições financeiras americanas terem fechado as portas (bancos, financiadoras, seguradoras, etc), na última terça-feira (30/09/08), o editor chefe do jornal The New York Sun, Seth Lipsky, publicou no site oficial uma nota divulgando que a edição de ontem do jornal foi sua última. Confira a reportagem publicada pelo Meio e Mensagem:
O jornal The New York Sun anunciou em sua página na web, que fechará as portas por problemas financeiros. Um artigo escrito pelo presidente e editor do veículo, Seth Lipsky, informou os leitores de que a edição de desta terça-feira, 30, seria a última a ser publicada, já que ele, Ira Stoll, o vice presidente do jornal, e os demais parceiros haviam recorrido, sem sucesso, “a todos os meios possíveis para evitar a interrupção da publicação”, citando que este mês havia sido “um dos piores em um século para reunir capital”, em função da crise financeira que atinge os Estados Unidos.
Segundo ele, a decisão de fechar veio no início desta semana depois de uma “séria avaliação das possibilidades de cumprir a meta de ser uma publicação que fosse rentável em um futuro próximo”. No texto, Lipsky fala que foi recebido com “cortesia e respeito” por possíveis parceiros a quem procurou e menciona o “heroísmo” dos patrocinadores do jornal que, segundo ele, teriam continuado – mesmo com a crise – a investir milhões de dólares caso o jornal encontrasse novos sócios. “Não escutamos sequer uma reclamação de alguns deles”, disse.
Criado em abril de 2002 com a intenção de ser uma alternativa ao The New York Times, o The New York Sun é conhecido pelo apaixonado relato de assuntos judeus. Tanto que no comunicado, Lipsky faz referência a data de morte do jornal como sendo o primeiro dia do Rosh Hashanah, o ano novo judeu. Ele ganhou as ruas pela primeira vez graças a um investimento em torno de quase US$ 16 milhões feito por Seth Lipsky, e pela presença de uma série de patrocinadores – em maioria pertencentes ao mundo das finanças – que Lipsky trouxe consigo à época. Atualmente a redação contava com 110 profissionais, que conforme publicou o The New York Times, terão seu seguro de saúde válido até o final de 2008.
No comunicado, o presidente do jornal conta que na última reunião que teve com Ira Stoll, ele havia mencionado que esta não era a primeira vez que eles haviam perdido um jornal que amavam. “Nós aprendemos nestes anos que a aventura de um grande jornal pode abrir precedente para uma outra, ainda maior”.
Entenda a Crise Financeira que começou com o mercado imobiliário norte-americano e como o Pacote de ajuda do governo Bush pode ajudar a reduzir seus efeitos.
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