Imagine uma empresa onde os funcionários são voluntários, não tem nenhum tipo de benefício garantido, e dividem o pagamento, cujo preço é estipulado pelo cliente. Loucura? Não, crowdsourcing!
Apesar de ser um conceito um tanto desconhecido no Brasil, este novo modelo de negócio vem ganhando cada vez mais adeptos ao redor do mundo, principalmente entre designers, publicitários e outros profissionais da criatividade. A lógica é simples, o profissional se cadastra em um site, onde ele pode se inscrever para desenvolver uma campanha, ilustração, produto, marca, etc. O trabalho pode ser desenvolvido individualmente ou em grupos, além de receber “pitacos” de outros profissionais cadastrados no site. Caso o projeto desenvolvido seja escolhido, o preço combinado é pago ao(s) vencedor(es).
A prática é muito similar ao sistema de concorrência, promovido por diversas marcas. A diferença básica é a escala. Por ser um modelo baseado na internet, o crowdsourcing disponibiliza, literalmente, milhares de profissionais para cada projeto. Dois bons exemplos deste sistema podem ser encontrados nos sites Zooppa e Quirky.
O Zooppa é a divisão brasileira da maior empresa de publicidade colaborativa do mundo, e conta com clientes como Sky, Microsoft, Danone e Nova Schin.
No caso do Quirky, o foco é o desenvolvimento de produtos, que além de serem projetados, muitas vezes são comercializados pelo site.
Apesar das vantagens aparentes, será que não é necessário levar em consideração outros aspectos? Como fica o tempo/custo dispendido pelos milhares de profissionais cujos trabalhos não foram selecionados? E o que dizer do contato direto do cliente, que neste modelo não existe?
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